Na vulgaridade da vida
Vejo meus dias passar
Tão rápido quanto a
Correnteza de um rio,
Mas um rio sem direção.
Confesso que a cada ato
Surpreendo-me e admito
Que ando fazendo coisas
Que jamais imaginei fazer.
Sei que tenho me visto com
Um ar medíocre já que
Não ligo mais para o bem
Muito menos para o mal
E não nego que se pudesse
Acordaria com aminésia
E começaria tudo do zero
Sem o menor receio
E acho que sem pudor.
Não me cobro mais
Porque não adianta
Em nada e só me deixa
Mais inquieta do que
O meu normal.
Mas também não relaxo
Pois não me dou esse
Luxo então fico vendo
A vida passar como um
Rio perdido procurando o seu mar.
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