sábado, 2 de agosto de 2008

O Rio




Na vulgaridade da vida


Vejo meus dias passar


Tão rápido quanto a


Correnteza de um rio,


Mas um rio sem direção.


Confesso que a cada ato


Surpreendo-me e admito


Que ando fazendo coisas


Que jamais imaginei fazer.


Sei que tenho me visto com


Um ar medíocre já que


Não ligo mais para o bem


Muito menos para o mal


E não nego que se pudesse


Acordaria com aminésia


E começaria tudo do zero


Sem o menor receio


E acho que sem pudor.


Não me cobro mais


Porque não adianta


Em nada e só me deixa


Mais inquieta do que


O meu normal.


Mas também não relaxo


Pois não me dou esse


Luxo então fico vendo


A vida passar como um

Rio perdido procurando o seu mar.

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