sábado, 2 de agosto de 2008

A Chuva



Toda vez que vejo a chuva cair

Lembro daquela tarde chuvosa

Pode se dizer a tarde mais bela

De toda a minha humilde vida

Lembro que invejava cada gota d’água

Que caia sobre o seu corpo

Pálido, tremulo e angelical.

Sobre seus cabelos negros

E molhava seus lábios carnudos

E assim como naquela tarde

Deixa essa noite esta chuva

Ser a nota da nossa canção

Que é tocada cuidadosamente

No seu corpo nu sobre o meu

Essa cena que só os deuses

Sabe explicar de tão profunda que é

Mas a única que os meus olhos

Deseja ver por toda a eternidade

Nenhum comentário: