Cai Chuva do Céu Cinzento
Cai chuva do céu cinzento
Que não tem razão de ser.
Até o meu pensamento
Tem chuva nele a escorrer.
Tenho uma grande tristeza
Acrescentada à que sinto.
Quero dizer-ma mas pesa
O quanto comigo minto.
Porque verdadeiramente
Não sei se estou triste ou não.
E a chuva cai levemente
(Porque Verlaine consente)
Dentro do meu coração
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
O Simples Fato Da Sua Existência
Quando a solidão vier até você, pense em mim,
não como alguém que simplesmente te quer,
mas sim como alguém que te ama loucamente.
Quando você se sentir triste,
lembre-se que eu estou aqui e faço
qualquer coisa para te ver feliz.
Quando você se sentir feliz,
não esqueça que a minha maior
alegria é ver o seu sorriso
.Quando você sentir seu coração bater mais forte,
pense que em cada batida eu te amo mais,
e que o simples fato da sua existência
é o suficiente para que eu me sinta
a mulher mais feliz do mundo!!!
não como alguém que simplesmente te quer,
mas sim como alguém que te ama loucamente.
Quando você se sentir triste,
lembre-se que eu estou aqui e faço
qualquer coisa para te ver feliz.
Quando você se sentir feliz,
não esqueça que a minha maior
alegria é ver o seu sorriso
.Quando você sentir seu coração bater mais forte,
pense que em cada batida eu te amo mais,
e que o simples fato da sua existência
é o suficiente para que eu me sinta
a mulher mais feliz do mundo!!!
domingo, 16 de agosto de 2009
Adormecer
Naquela noite vazia
ela vinha em minha direção
tão leve e tranquila
e ao mesmo tempo tão escura.
Havia me esquecido
que teria que ter medo
mas quando a vi tão deslumbrande
queria ser bruscamente abraçado por ela
Mas o destino gosta de me ver
sofrer, do meu qarto não fez seu
leito e para o outro ela foi.
No dia seguinte pensei que havia sonhado
mas quando te chamei e não
obtive resposta, vi que nada
havia sonhado.
Você estava gelida e palida
não havia nenhum sinal de
vida nos teus lindos olhos...
Foi então que entendi
que a morte havia adormecido
ao seu lado.
ela vinha em minha direção
tão leve e tranquila
e ao mesmo tempo tão escura.
Havia me esquecido
que teria que ter medo
mas quando a vi tão deslumbrande
queria ser bruscamente abraçado por ela
Mas o destino gosta de me ver
sofrer, do meu qarto não fez seu
leito e para o outro ela foi.
No dia seguinte pensei que havia sonhado
mas quando te chamei e não
obtive resposta, vi que nada
havia sonhado.
Você estava gelida e palida
não havia nenhum sinal de
vida nos teus lindos olhos...
Foi então que entendi
que a morte havia adormecido
ao seu lado.
terça-feira, 28 de julho de 2009
TPM
Essa escuridão que me consome
tem cada vez mais força e não
tem como escapar ou usar máscaras
Não posso me perdoar nem me cobrar
então o que farei, eu?
Presa nesse abismo que eu mesma
criei ou simplesmente não existe
nenhum abismo ou até mesmo
não tenha nenhuma alma para
aprisionar!!
Não sei, só sei quero que
isso acabe logo ou eu mesma darei
tem cada vez mais força e não
tem como escapar ou usar máscaras
Não posso me perdoar nem me cobrar
então o que farei, eu?
Presa nesse abismo que eu mesma
criei ou simplesmente não existe
nenhum abismo ou até mesmo
não tenha nenhuma alma para
aprisionar!!
Não sei, só sei quero que
isso acabe logo ou eu mesma darei
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Eterna Mágoa
O homem por sobre quem caiu a praga
Da tristeza do Mundo; o homem que é triste
Para todos os séculos existe
E nunca mais o seu pesar se apaga!
Não crê em nada, pois, nada há que traga
Consolo à Mágoa, a que só ele assiste.
Quer resistir, e quanto mais resiste
Mais se lhe aumenta e se lhe afunda a chaga.
Sabe que sofre, mas o que não sabe
É que essa mágoa infinda assim não cabe
Na sua vida, é que essa mágoa infinda
Transpõe a vida do seu corpo inerme;
E quando esse homem se transforma em verme
É essa mágoa que o acompanha ainda!
Da tristeza do Mundo; o homem que é triste
Para todos os séculos existe
E nunca mais o seu pesar se apaga!
Não crê em nada, pois, nada há que traga
Consolo à Mágoa, a que só ele assiste.
Quer resistir, e quanto mais resiste
Mais se lhe aumenta e se lhe afunda a chaga.
Sabe que sofre, mas o que não sabe
É que essa mágoa infinda assim não cabe
Na sua vida, é que essa mágoa infinda
Transpõe a vida do seu corpo inerme;
E quando esse homem se transforma em verme
É essa mágoa que o acompanha ainda!
Versos Íntimos
"O mais lindo e verdadeiro na minha opinião"
Vês?! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão — esta pantera —
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
Vês?! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão — esta pantera —
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
Versos De Amor
A um poeta erótico
Parece muito doce aquela cana.Descasco-a, provo-a, chupo-a... ilusão treda!
O amor, poeta, é como a cana azeda,
A toda a boca que o não prova engana.
Quis saber que era o amor, por experiência,
E hoje que, enfim, conheço o seu conteúdo,
Pudera eu ter, eu que idolatro o estudo,
Todas as ciências menos esta ciência!
Certo, este o amor não é que, em ânsias, amo
Mas certo, o egoísta amor este é que acinte
Amas, oposto a mim. Por conseguinte
Chamas amor aquilo que eu não chamo.
Oposto ideal ao meu ideal conservas.
Diverso é, pois, o ponto outro de vista
Consoante o qual, observo o amor, do egoísta
Modo de ver, consoante o qual, o observas.
Porque o amor, tal como eu o estou amando,
É espírito, é éter, é substância fluida,
É assim como o ar que a gente pega e cuida,
Cuida, entretanto, não o estar pegando!
É a transubstanciação de instintos rudes,
Imponderabilíssima e impalpável,
Que anda acima da carne miserável
Como anda a garça acima dos açudes!
Para reproduzir tal sentimento
Daqui por diante, atenta a orelha cauta,
Como Marsias — o inventor da flauta —
Vou inventar também outro instrumento!
Mas de tal arte e espécie tal fazê-lo
Ambiciono, que o idioma em que te eu falo
Possam todas as línguas decliná-lo
Possam todos os homens compreendê-lo!
Para que, enfim, chegando à última calma
Meu podre coração roto não role,
Integralmente desfibrado e mole,
Como um saco vazio dentro d’alma!
Pau d‘Arco, Agosto, 1907.
RICORDANZA DELLA MIA GIOVENTÙ
A minha ama-de-leite Guilhermina
Furtava as moedas que o Doutor me dava.
Sinhá-Mocinha, minha Mãe, ralhava...
Via naquilo a minha própria ruína!
Minha ama, então, hipócrita, afetava
Susceptibilidades de menina:
“— Não, não fora ela!” — E maldizia a sina,
Que ela absolutamente não furtava.
Vejo, entretanto, agora, em minha cama,
Que a mim somente cabe o furto feito...
Tu só furtaste a moeda, o ouro que brilha...
Furtaste a moeda só, mas eu, minha ama,
Eu furtei mais, porque furtei o peito
Que dava leite para a tua filha!
Furtava as moedas que o Doutor me dava.
Sinhá-Mocinha, minha Mãe, ralhava...
Via naquilo a minha própria ruína!
Minha ama, então, hipócrita, afetava
Susceptibilidades de menina:
“— Não, não fora ela!” — E maldizia a sina,
Que ela absolutamente não furtava.
Vejo, entretanto, agora, em minha cama,
Que a mim somente cabe o furto feito...
Tu só furtaste a moeda, o ouro que brilha...
Furtaste a moeda só, mas eu, minha ama,
Eu furtei mais, porque furtei o peito
Que dava leite para a tua filha!
Vozes Da Morte
Agora, sim! Vamos morrer, reunidos,
Tamarindo de minha desventura,
Tu, com o envelhecimento da nervura,
Eu, com o envelhecimento dos tecidos!
Ah! Esta noite é a noite dos Vencidos!
E a podridão, meu velho! E essa futura
Ultrafatalidade de ossatura,
A que nos acharemos reduzidos!
Não morrerão, porém, tuas sementes!
E assim, para o Futuro, em diferentes
Florestas, vales, selvas, glebas, trilhos,
Na multiplicidade dos teus ramos,
Pelo muito que em vida nos amamos,
Depois da morte, inda teremos filhos!
Tamarindo de minha desventura,
Tu, com o envelhecimento da nervura,
Eu, com o envelhecimento dos tecidos!
Ah! Esta noite é a noite dos Vencidos!
E a podridão, meu velho! E essa futura
Ultrafatalidade de ossatura,
A que nos acharemos reduzidos!
Não morrerão, porém, tuas sementes!
E assim, para o Futuro, em diferentes
Florestas, vales, selvas, glebas, trilhos,
Na multiplicidade dos teus ramos,
Pelo muito que em vida nos amamos,
Depois da morte, inda teremos filhos!
Idealismo
Falas de amor, e eu ouço tudo e calo!
O amor da Humanidade é uma mentira.
É. E é por isto que na minha lira
De amores fúteis poucas vezes falo.
O amor! Quando virei por fim a amá-lo?!
Quando, se o amor que a Humanidade inspira
É o amor do sibarita e da hetaira,
De Messalina e de Sardanapalo?!
Pois é mister que, para o amor sagrado,
O mundo fique imaterializado
— Alavanca desviada do seu fulcro —
E haja só amizade verdadeira
Duma caveira para outra caveira,
Do meu sepulcro para o teu sepulcro?!
O amor da Humanidade é uma mentira.
É. E é por isto que na minha lira
De amores fúteis poucas vezes falo.
O amor! Quando virei por fim a amá-lo?!
Quando, se o amor que a Humanidade inspira
É o amor do sibarita e da hetaira,
De Messalina e de Sardanapalo?!
Pois é mister que, para o amor sagrado,
O mundo fique imaterializado
— Alavanca desviada do seu fulcro —
E haja só amizade verdadeira
Duma caveira para outra caveira,
Do meu sepulcro para o teu sepulcro?!
Solitário
Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos, um dia,
Eu fui refugiar-me à tua porta!
Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos conforta...
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!
Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repele,
— Velho caixão a carregar destroços —
Levando apenas na tumbal carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos, um dia,
Eu fui refugiar-me à tua porta!
Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos conforta...
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!
Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repele,
— Velho caixão a carregar destroços —
Levando apenas na tumbal carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!
O Morcego
Meia-noite. Ao meu quarto me recolho.
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede:
Na bruta ardência orgânica da sede,
Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.
“Vou mandar levantar outra parede...”
— Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho
E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho,
Circularmente sobre a minha rede!
Pego de um pau. Esforços faço. Chego
A tocá-lo. Minh’alma se concentra.
Que ventre produziu tão feio parto?!
A Consciência Humana é este morcego!
Por mais que a gente faça, à noite, ele entra
Imperceptivelmente em nosso quarto!
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede:
Na bruta ardência orgânica da sede,
Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.
“Vou mandar levantar outra parede...”
— Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho
E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho,
Circularmente sobre a minha rede!
Pego de um pau. Esforços faço. Chego
A tocá-lo. Minh’alma se concentra.
Que ventre produziu tão feio parto?!
A Consciência Humana é este morcego!
Por mais que a gente faça, à noite, ele entra
Imperceptivelmente em nosso quarto!
domingo, 12 de abril de 2009
domingo, 5 de abril de 2009
lembranças
Quantas ...Quantas noites mal dormidas,
Vendo o deslizar das horas mortas,
Vagamos por imagens absortas
No silêncio da casa adormecida.
.
Quantas as lembranças produzidas,
Que tomam de assalto o vão das portas
E erguem um retrato em linhas tortas
Daquilo o que foram nossas vidas.
.
E neste emaranhado sempre tem
A dor d'uma lágrima sentida
Que recorda-nos a face de alguém.
.
Alguém, por quem a alma chora e sonha
E o abraço ao travesseiro é a saída
...Mesmo que as vezes lhe encharque a fronha!
Vendo o deslizar das horas mortas,
Vagamos por imagens absortas
No silêncio da casa adormecida.
.
Quantas as lembranças produzidas,
Que tomam de assalto o vão das portas
E erguem um retrato em linhas tortas
Daquilo o que foram nossas vidas.
.
E neste emaranhado sempre tem
A dor d'uma lágrima sentida
Que recorda-nos a face de alguém.
.
Alguém, por quem a alma chora e sonha
E o abraço ao travesseiro é a saída
...Mesmo que as vezes lhe encharque a fronha!
"Prezo muito minhas amizades e
reservo sempre um canto no
meu peito para elas.
E, sempre que surge a ocasião, também
não perco a oportunidade de dar um
amigo a um amigo, da mesma forma
que eu ganhei vocês.
E não adiantam as despedidas.
De um amigo ninguém se livra fácil.
A amizade além de contagiosa
é totalmente incurável".
reservo sempre um canto no
meu peito para elas.
E, sempre que surge a ocasião, também
não perco a oportunidade de dar um
amigo a um amigo, da mesma forma
que eu ganhei vocês.
E não adiantam as despedidas.
De um amigo ninguém se livra fácil.
A amizade além de contagiosa
é totalmente incurável".
segunda-feira, 23 de março de 2009
+ Citações
"Muitos passam para o outro amo pisando no primeiro"
(Timão de Atenas)
"Amar é comprar escárnio à custa de gemidos"
(Os dois cavaleiros de verona)
"Amar é ser vencida a razão pela tolice"
(Os dois cavaleiros de verona)
"Menos ama quem só fala de amor"
(Os dois cavaleiros de verona)
"O sincero amor quase não fala; melhor se dorna de fatos e ações a verdadeira fé, não com palavras"
(Os dois cavaleiros de verona)
"Quem no amor respieta os amigos?"
(Os dois cavaleiros de verona)
"Se o amor é cego nunca acerta o alvo"
(Romeu e Julieta)
"O amor não vê com os olhos, vê com a mente; por isso é alado, é cego e tão potente"
(Sonho de uma noite de verão)
"O amor é cego, e os namrados nunca vê as tolices que praticam"
(O mercador de veneza)
"Se não lembram as menores tolices que o amor te levou a fazer, é que jamais amaste"
(Como gostais)
"Buscar o amor é bom, melhor é achá-lo"
(Noites de reis)
"Tal como a sombra, o amor corre de quem o segue; foge, se perseguis; se fugis, vos persegue"
(As alegres comadresde Windsor)
'Um grande amor nos sustos se confirmam"
(Hamlet)
"Nisto (...) é que consiste a monstruosidade do amor; em ser infinita a vontade e limitada a execução; em serem iliminados os desejos, e o ato, escravo do limite"
(Tróilo e Cressida)
"Ela me amou à vista dos perigos por que passei, e muito amor lhe tive, por se ter revelado compassiva"
(Otelo)
"Pobre é o amor que pode ser contado"
(Antônio e Cleópatra)
"Antes amar quem só o mal me deseja a quem, fingindo o bem, só o mal me enseja"
(Timão de Atenas)
"Os motivos do amor não tem motivos"
(Cimbelino)
sábado, 21 de março de 2009
Citações De Shakespeare
"Devemos aceitar o que é impossível deixar de acontecer"
(Alegres comadres de Windsor)
"Melhor assim: saber que é desprezado do que sê-lo sob a capa de lisonja"
(O Rei Lear)
"Se os maridos das esposas infiéis desesperassem, enforca-se-ia a décima parte da humanidade"
(Conto do inverno)
"A adversidade põe à prova os espíritos"
(Coriolano)
"As águas correm mansamente onde o leito é mais profundo"
(Henrique VI)
"As águias deixam que os passarinhos cantem, sem nenhuma preocupação com o seu trinado alegre, certas de que com a sombra de suas asas poderão conduzi-los ao silêncio"
(Tito Andronico)
"Contemplo o mundo há quatro vezes sete anos, e desde que me tornei capaz de distinguir uma injúria de um benefício, nunca encontrei um homem que soubesse como amar a si mesmo"
(Otelo)
sábado, 7 de fevereiro de 2009
Poética 1
De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte
Outros que contem
Passo por passo
Eu morro ontem
Nasço amanhã
Ando onde há espaço
- Meu tempo é quando
(1950)
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte
Outros que contem
Passo por passo
Eu morro ontem
Nasço amanhã
Ando onde há espaço
- Meu tempo é quando
(1950)
Soneto Da Hora Final
Serás assim, amiga; um certo dia
Estando nós a contemplar o poente
Sentiremos no rosto, de repente
O beijo leva de uma aragem fria
Tu me olharás silenciosamente
E eu te olharei também com nostalgia
E partiremos, tantos de poesia
Para a porta de trevas aberta em frente
Ao transpor as frontreiras do sagrado
Eu, calmo, te direi; - Não tenhas medo
E tu, tranqüila, me dirás; - sê forte
E como dois antigos namorados
Noturnalmente triste e enlaçados
Nós entraremos nos jardins da morte
(1960)
Estando nós a contemplar o poente
Sentiremos no rosto, de repente
O beijo leva de uma aragem fria
Tu me olharás silenciosamente
E eu te olharei também com nostalgia
E partiremos, tantos de poesia
Para a porta de trevas aberta em frente
Ao transpor as frontreiras do sagrado
Eu, calmo, te direi; - Não tenhas medo
E tu, tranqüila, me dirás; - sê forte
E como dois antigos namorados
Noturnalmente triste e enlaçados
Nós entraremos nos jardins da morte
(1960)
Soneto À Lua
Por que tens, por que tens olhos escuros
E mãos lânguidas, loucas e sem fim
Quem és, quem és tu, não eu, e estas em mim
Impuro, como o bem que está nos puros?
Que paixão fez-te os lábios tão maduros
Num rosto como o teu criança assim
Quem te criou tão boa para o ruim
E tão fatal para os meus versos duros?
Fugaz, com que direito tens-me presa
A alma que por ti soluça nua
Não és Tatiana e nem Tereza
E és tão pouco mulher que anda na rua
Vagabunda, patética, indefesa
Ó minha branca e pequena lua!
E mãos lânguidas, loucas e sem fim
Quem és, quem és tu, não eu, e estas em mim
Impuro, como o bem que está nos puros?
Que paixão fez-te os lábios tão maduros
Num rosto como o teu criança assim
Quem te criou tão boa para o ruim
E tão fatal para os meus versos duros?
Fugaz, com que direito tens-me presa
A alma que por ti soluça nua
Não és Tatiana e nem Tereza
E és tão pouco mulher que anda na rua
Vagabunda, patética, indefesa
Ó minha branca e pequena lua!
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Eterno no momento que acontece
Perdida e só na escuridão
Me encontro agora
O dia foi tragado pela escuridão
E não há nada que você possa fazer
Vejo as crianças brincando
É fantástico como até em
Dias de trevas elas conseguem
Encontrar um raio de luz
Os anciões agora estão felizes
Por ver que a profecia se
Tornou realidade.
Mas tudo é eterno...
no momento que acontece.
Tudo é eterno por instantes
Todas as pessoas são eternas
Todos os beijos, todos os abraços
Até mesmo todos os amores.
Isso mesmo todos os amores,
Por que mesmo que ainda
Não se tenha ficado ao seu lado
Eles serão eternas lembranças
No coração e na alma.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
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